EXISTE UMA POSSIBILIDADE DE TRANSFORMAR O TEATRO ACADÊMICO EM PROJETO DE EXTENSÃO
Quando dissemos teatro acadêmico, a primeira coisa que nos remetemos é o teatro aliado a didática pratica em sala de aula, mas o teatro acadêmico tem um poder além desta esfera. Pena que tal perspectiva não é vista no país do futebol, principalmente na determinada cidade conhecida por pseudônimos de "Cidade do Boi Gordo ou Mar de Cana". Não cabe julgarmos se Araçatuba carece ou não de apoio as artes, mas é surpreendentemente os numeros de eventos destinado as Artes Cenicas desenvolvidos na cidade de Birigui comparados os da nossa cidade. Cabe a pergunta, uma cidade dita como entre tantos pseudônimos de "Cidade Acadêmica" deixar tanto a desejar comparado a uma cidade rotulada como cidade operaria?
Nossa cidade parece ter parado no tempo, se transformou no sepulcro da cultura. Alguns grandes centros universitarios encontram na Arte uma forma de trasmitir conhecimento para a comunidade, Utilizam do teatro como ferramente de reflexão em massa, e foi com este proposito que o Centro Acadêmico criou o 1º Grupo Teatral acadêmico da cidade. Com a proposta de despertar nos alunos um interesse mutuo pela arte como agente cusadora de transformação.
O Centro Academico 4 de novembro, esta dando o primeiro passo na produção cultural com a construção do grupo teatral uau! Que hoje além de desenvolver trabalhos com alunos da FEA , conta com a participação de pessoas da comunidade que encontra no teatro uma forma de melhorar a sua qualidade de vida.
Mas então qual seria o papel que a universidade deve ter na produção cultural?
Veja o que o professor e ex-secretário de Cultura, Eduardo Montagnari disse em resposta ao jornal da UEM
" - A arte e a cultura sempre foram atividades marginais nas universidades, apenas bem recentemente elas passaram a ganhar os corredores e as salas de aula. Do ponto de vista da produção artística, é uma questão que a universidade tem que se inventar ainda. Cabe também ao poder administrativo oferecer as condições. Muitos sabem que eu fui diretor de Cultura e pró-reitor de Extensão e Cultura da UEM. Na época eu tinha a minha clareza em relação a estas questões. Tinha a memória dos Centros Populares de Cultura e achava que na extensão universitária a produção cultural deveria ter apoio direto da instituição, para não virar balcão de atendimento, ou prestação de serviço, como é tradição na extensão. A gente conseguiu fazer com que não fosse totalmente deste jeito. Ficou ainda um princípio disso que é a existência daquela bolsa arte para fomento dos grupos. O que eu sinto, e já escrevi sobre isso, é que, às vezes, esses incentivos obedecem a um esquema acadêmico universitário, burocrático, da Diretoria de Extensão, que deveria ser repensado, porque não é a mesma coisa dos demais projetos de extensão. Mas, o papel da universidade, a dívida da universidade, é tirar a arte e a cultura da clandestinidade. "